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Diversificar a cesta de ovos não basta, é preciso variar o galinheiro

“Diversificação” é lema mais velho que andar para frente no universo dos investimentos. Aquela velha história, “não coloque todos os ovos numa só cesta”.

Com a Selic na mínima histórica de 2,25% ao ano e apontando para baixo, no entanto, essa analogia famosa merece ser expandida. A necessidade de se expor a mais riscos em busca de ganhos potencialmente maiores exige, também, diversificar entre os galinheiros. Seja para mitigar perdas ou, no melhor dos casos, engordar o patrimônio ao longo dos anos.

“O Brasil representa 3% dos ativos globais”, conta Adriano Cantreva, sócio da Portofino Investimentos. “Mesmo que esteja diversificado no Brasil, existem os 97% de investimentos que você não tem acesso diretamente.”

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Diversificação deve visar também o exterior

Diversificação é um antigo lema do universo dos investimentos. Com a taxa básica Selic na mínima histórica, aos 2,25% anuais, e com chance de seguir em queda, esse pensamento ganha ainda mais relevância. Na busca por ganhos potencialmente maiores, as fronteiras também podem ser testadas.

“O Brasil representa 3% dos ativos globais”, afirma Adriano Cantreva, sócio da Portofino Investimentos. “Mesmo que esteja diversificado no Brasil, existem os 97% de investimentos que você não tem acesso diretamente.”

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Portofino estuda aquisições de olho em IPO para 2022

Portofino estuda aquisições de olho em IPO para 2022

Na mão inversa, uma gestora de patrimônio que tem a ambição de fazer aquisições no segmento é a Portofino Investimentos. Criada em 2012 pelos irmãos Carolina e Enzo Giovanella, a empresa nasceu da base do single-family office que cuidava do dinheiro da família. Agora, a ambição é fazer voos mais altos.

“Pensando na reforma da regulação pela CVM, têm gestoras de patrimônio que ficaram muito pequenas e começam a não se pagar, a conta não fecha por causa das exigência regulatórias, há oportunidades de consolidação”, diz Carolina.

A ideia é fomentar o modelo de comissionamento baseado no patrimônio administrado do cliente, em vez do transacional, em que os assessores são remunerados pelos produtos que vendem. É esse o desenho da maioria dos escritórios de gestão de fortunas e a intenção é levá-lo para bolsos menores. Ela também vê a tendência de os próprios assessores independentes buscarem essa forma de atuação.

“Lá atrás eu sentia as dores quando fazia os investimentos da minha família, porque nos bancos e corretoras eu via o modelo conflitado”, diz Carolina. “Por mais boa intenção que tenha o gerente do banco ou o agente autônomo da corretora, o foco é em produto e se perde no que o cliente precisa.”

Com expansão dos ativos sob gestão em 47% nos primeiros cinco meses do ano, a R$ 4,7 bilhões, ela calcula fechar 2020 com R$ 7 bilhões e dobrar de tamanho até o fim de 2021. Outro passo que pretende dar é preparar o negócio para fazer uma oferta pública de ações (IPO) em 2022, afirma Carolina.

“Considerando que a Portofino quer seguir fazendo consolidação e dado o ritmo de crescimento, estou muito otimista e no processo de escolher um banco para mandatar.”

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Mercados globais se preocupam mais com Biden do que com Trump

Na tarde da quinta-feira, 9, o candidato democrata à presidência dos Estados Unidos, Joe Biden, favorito nas pesquisas, apresentou seu plano econômico no estado da Pensilvânia, próximo a sua cidade natal. O pronunciamento impactou levemente o mercado financeiro porque vai em direção contrária ao “America’s First” (América Primeiro) de Donald Trump. Próximo ao pronunciamento, o S&P 500, índice que compõe 500 ativos nas bolsas americanas Nasdaq e NYSE, sofreu uma queda pequena, inferior a 100 pontos e nesta sexta-feira, 10, continua operando em ligeira baixa, de 0,7%. Apesar de o discurso ter sido claramente anti-mercado, a influência nas bolsas não foi maior porque o favoritismo de Biden ainda não é significativamente maior ao de Trump nos colégios eleitorais. “Durante essa crise, Donald Trump focou quase singularmente nas bolsas, no Dow Jones e na Nasdaq, não em vocês, nas suas famílias”, disse Biden em seu discurso.

A eleição de Biden preocupa bastante o mercado porque, como ex-vice-presidente de Barack Obama, pretende dar continuidade ao programa democrata, que prioriza o bem-estar social em detrimento ao mercado financeiro. Sob o protecionismo conservador do presidente Donald Trump que apertou o cerco aos imigrantes e extinguiu o “Obama Care”, programa de saúde gratuito às pessoas mais vulneráveis, as moradias se valorizaram, a confiança dos investidores aumentou e a inflação se manteve em patamares baixos. Tudo isso contribuiu para que, antes da Covid-19, a economia dos Estados Unidos acelerasse e conquistasse as taxas de desemprego mais baixas dos últimos 50 anos.

Biden, por sua vez, coloca em primeiro lugar a proteção às camadas mais pobres, aumento do emprego, investimento em infraestrutura e maior salário para professores, tudo isso, entretanto, seria contrabalanceando com o aumento de impostos. “Trump diminuiu bastante as regulamentações, do sistema financeiro, do meio ambiente, tudo isso deixou o mercado mais livre. Biden preocupa muito o mercado porque junto com esse aumento de tributos deve vir um possível aumento nas regulamentações”, diz Adriano Canteva, sócio da Portofino Investimentos.

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Sinais de retomada animam mercado e Ibovespa encosta em 100 mil pontos

Seguindo a tendência de retomada da atividade econômica e dos números positivos da indústria e do comércio no país, o Ibovespa, principal indicador da bolsa brasileira, encostou nos 100 mil pontos, patamar que não atingia há quatro meses, desde o aumento da contaminação pelo novo coronavírus do país e o derretimento da bolsa brasileira. Nesta quarta-feira, 8, a bolsa fechou nos 99.769 pontos, alta de 2,05%, refletindo valorização generalizada dos papéis negociados na B3 com as sinalizações de que o ponto mais agudo da crise para a economia ficou para trás.

A principal influência na alta desta quarta foi a divulgação de números do varejo brasileiro, superior ao dobro da expectativa do mercado. Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostraram que em maio as vendas no varejo cresceram 13,9% em relação a abril, quando houve queda brutal de 16,8% no comércio. Apesar de a base de comparação com abril ser baixa, as informações do comércio indicam que o ponto mais difícil foi superado e que a reabertura gradual e a adaptação do comércio a nova realidade ajudou a não parar a movimentação econômica. No acumulado do ano, no entanto, os índices estão em -3,9% em relação a 2019, o que mostra que ainda há um longo caminho para voltar aos patamares pré-pandemia e podem haver novas ondas de pessimismo.

“A maioria dos países colocou na economia cerca de 10% de déficit nominal. Com os juros baixos, isso incentiva as pessoas a tomarem empréstimos e consumir mais”, diz Thomas Gilbertoni, especialista da Portofino Investimentos. O otimismo que ocorreu hoje na bolsa brasileira após os dados do IBGE está relacionado a essas medidas que mantém empregos e animam a aquisição de bens e consumo.

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