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Não é novidade que os investimentos alternativos têm se expandido consideravelmente no Brasil e no mundo. Segundo o site Valor Econômico, a sua taxa de crescimento é mais do que o dobro do que a do mercado como um todo. E é nesse cenário de expansão que os fundos de Private Equity têm ganhado espaço.

Sim, essa modalidade de investimento alternativo já representa 0,7% do PIB nacional, como indicou o portal InfoMoney. E é claro que esse número pode representar muito, sobretudo quando o assunto é o mercado financeiro.

Por isso, se você é um investidor, ou pretende se tornar um muito em breve, precisa conhecer mais sobre os fundos de Private Equity, essa tendência que vem se consolidando no mundo dos investimentos.

Continue a leitura para descobrir como funciona esse investimento e se vale a pena investir nele!

O que são Fundos de Private Equity (PE) e como são classificados?

Os fundos de Private Equity (PE) são um tipo de investimento alternativo focado em empresas que ainda estão no início de seu desenvolvimento, mas que já representam um grande potencial de crescimento e, obviamente, de retorno.

Nesse sentido, pode-se dizer que os Private Equity têm um funcionamento e estrutura bem similares aos dos fundos de Ações tradicionais. O que os distingue é o fato de a maioria dos investimentos do PE serem em empresas de capital fechado, isto é, que não estão na Bolsa de Valores.

Convém mencionar ainda que, nessa modalidade, é muito comum os gestores participarem ativamente das ações internas da empresa como forma de contribuir para o seu crescimento rápido.

Os fundos Private Equity costumam ser divididos em duas categorias: Venture Capital e LBO (Leveraged Buyout). Vamos conhecer melhor cada um deles!

Venture Capital

O Venture Capital é um investimento aplicado em empresas pequenas e que se encontram em estágio inicial, como startups. Geralmente, elas têm alto potencial de crescimento, mas ainda não apresentam lucros e nem estabilidade. 

Em razão desse cenário, o VC é considerado como um investimento de alto risco. Afinal, trata-se de um negócio emergente, que ainda não apresenta garantias. No entanto, caso o potencial da empresa se consolide, os retornos para o investidor podem ser surreais.

LBO (Leveraged Buyout)

O Leveraged Buyout (LBO), por sua vez, consiste em uma “aquisição alavancada”, na qual, para se adquirir o controle acionário de determinado negócio, contrai-se um empréstimo.    

Nesse caso, o mais comum é que uma pequena empresa seja criada para contrair o financiamento. Assim, a partir desse empréstimo, será possível adquirir uma empresa que possui um custo muito elevado ou que apresenta um considerável endividamento.  

Em seguida, as duas empresas se fundem e o financiamento adquirido pela empresa pequena torna-se também da que foi comprada. 

Como funciona um Fundo de Private Equity?

Como funciona um Fundo de Private Equity?

Como mencionamos, o fundo de Private Equity consiste em um mercado que investe em empresas de capitas fechados e que ainda estão dando os seus primeiros passos.

Naturalmente, para que ocorra o investimento, é visualizada uma oportunidade em determinado negócio, como, por exemplo, um grande potencial de crescimento, de desenvolvimento e de um alto retorno financeiro para os seus investidores no futuro.

Além disso, como o aporte é realizado em empresas emergentes, o prazo de duração desse investimento costuma ser maior quando comparado com o dos fundos de Ações tradicionais, por exemplo. A média é de 7 a 10 anos para que o retorno aconteça.

Agora vejamos quais são as principais etapas na execução de um Private Equity!

1. Captação

A primeira etapa é a de captação de recursos. Nela, o gestor solicita aos investidores o investimento. Esses, por sua vez, se comprometem formalmente com os aportes de capital. Ou seja, ocorre a assinatura de documentos que firmem essa promessa.

Convém mencionar que nesse momento o gestor conhecerá a quantia que terá disponível para investir e alimentar a carteira desse fundo de investimento. 

2. Investimento

Nessa segunda etapa, que é a mais longa, o gestor selecionará e investirá nas empresas que apresentem certo potencial. Aqui, serão levadas em consideração diversas questões, como risco e possibilidades de retorno.

Vale dizer que esse processo de investimento e, principalmente, de administração é contínuo e estratégico, pois é ele que possibilitará o retorno financeiro ao fundo.

3. Desinvestimento

Por fim, a etapa de desinvestimento ocorre quando os retornos de capital começam a cobrir os gastos e investimentos iniciais. Ou seja, esse é o momento em que os investidores começam, de fato, a visualizar o retorno do negócio. 

Estratégias de saída (exits) dos Fundos do Private Equity

Se você já estuda investimentos há algum tempo, deve saber que as estratégias de saída são planos que estruturam a forma e o momento certo para a retirada do dinheiro investido e de seus ganhos, é claro.

No caso dos fundos de Private Equity, existem algumas estratégias que podem ser utilizadas, seja para uma saída total ou parcial.

No caso da saída total, elas são:

  • Venda comercial para outro comprador;
  • Realização de Leveraged Buyout (LBO) por outra empresa de Private Equity;
  • Recompra de ações.

Já no caso da saída parcial, as estratégias possíveis são:

  • Venda de uma parte do negócio para outro investidor;
  • Reestruturação societária;
  • Realização do Corporate Venturing.

Existe ainda uma estratégia que mistura a saída total e parcial. Nela, uma parte da empresa é vendida em uma Bolsa de Valores pública. Assim, os fundos de Private Equity desfazem gradativamente a sua participação acionária. 

A Curva J em Fundos de PE

Quando consideramos a evolução de um fundo de Private Equity, é comum atribuirmos a essa o nome de “Curva J”. Isso porque essa letra representa o fluxo de caixa característico das etapas desse modelo de investimento. Mas como assim?

Se você analisar o gráfico do Private Equity encontrará a seguinte estrutura: no início do investimento são desembolsadas grandes quantias de dinheiro para o aporte.

Ou seja, a curva do gráfico apresenta uma depressão justamente pelo fato de haver mais saídas e nenhuma entrada. Isso equivale ao início da letra “J”.

Quando os anos se passam e o fundo entra na fase de desinvestimento, os retornos começam a acontecer. Logo, a curva cresce consideravelmente e chega ao seu ápice, representando a subida da letra “J”. 

Qual o perfil para investir em private equity?

Embora seja uma opção lucrativa, investir em private equity também envolve riscos e demanda uma abordagem de longo prazo.

O investimento só é adequado para investidores experientes e com uma compreensão sólida do mercado financeiro, pois é importante ter conhecimento das melhores práticas de investimento e estar disposto a dedicar tempo e recursos para avaliar cada oportunidade.

Além disso, é fundamental ter uma mentalidade de longo prazo, pois os investimentos em private equity geralmente têm um prazo de retorno de sete a dez anos.

Outro aspecto importante é ter uma tolerância ao risco mais elevada. Os investimentos em private equity são considerados de alto risco, pois envolvem empresas em estágio inicial ou em fase de reestruturação.

Portanto, os investidores devem estar preparados para lidar com a possibilidade de perdas no curto prazo, mas com a expectativa de retornos substanciais no longo prazo.

Como adquirir equity?

Adquirir equity, ou participação acionária, em uma empresa de private equity geralmente ocorre por meio da compra de ações ou da participação em um fundo de investimento. Existem diferentes formas de adquirir equity, dependendo do tipo de investidor e do objetivo do investimento. Vamos explorar algumas dessas opções abaixo.

Uma maneira comum de adquirir equity é por meio da compra de ações diretamente de uma empresa durante os estágios iniciais, quando ela ainda está levantando capital para financiar seu crescimento.

Investidores que acreditam no potencial de crescimento da empresa podem adquirir equity por meio de ofertas públicas iniciais (IPOs), ofertas privadas ou negociações privadas diretas com a empresa.

Outra opção é investir em um fundo de private equity, que nada mais é do que um grupo que reúne capital de vários investidores para aplicar em empresas de maneira coletiva, em nome dos investidores do fundo, que podem comprar ou vender suas cotas e participações.

Essa opção é gerenciada por profissionais com experiência e conhecimento no mercado de private equity, permitindo uma diversificação da carteira, pois o capital é investido em várias empresas, reduzindo o risco concentrado.

Por fim, outra forma de adquirir equity é por meio de fusões ou aquisições.

Nesses casos, os investidores adquirem uma participação em uma empresa existente por meio da compra de suas ações ou ativos, uma estratégia comumente usada em transações de alavancagem (LBOs), em que o investidor adquire uma empresa usando capital próprio e financiamento adicional por meio de empréstimos.

Quanto ganha em private equity?

A remuneração em private equity pode variar significativamente e está sujeita à influência direta de diversos fatores, como o desempenho do fundo, o nível de envolvimento do investidor e a estrutura de remuneração acordada, só para citar alguns exemplos.

Geralmente, os retornos em private equity são atrativos, porém é importante manter as expectativas realistas e compreender todos os diversos fatores que afetam os ganhos potenciais no curto, médio e longo prazo.

Os ganhos em private equity são geralmente obtidos por meio de duas fontes principais: valorização do investimento e taxas de gestão e desempenho.

A valorização do investimento ocorre quando a empresa em que o investidor adquiriu equity tem um desempenho positivo e aumenta seu valor ao longo do tempo, quando a empresa é vendida ou quando a participação é vendida para outro investidor.

Já as taxas de gestão e desempenho dizem respeito aos valores cobrados pelos gestores do fundo de private equity para cobrir a operação e uma porcentagem dos lucros obtidos pelo fundo, geralmente cobrada quando um determinado nível de retorno é alcançado.

Exemplos de empresas que receberam investimentos de fundos de Private Equity

Os fundos de Private Equity têm sido responsáveis por impulsionar o crescimento de várias empresas de sucesso em todo o mundo.

Por meio desses investimentos, empresas promissoras conseguiram expandir seus negócios e alcançar valorizações expressivas.

Veja a seguir alguns exemplos de empresas que receberam investimentos de fundos de Private Equity e alcançaram grande sucesso:

Airbnb

Conhecida como a plataforma de hospedagem e que revolucionou a indústria do turismo ao conectar viajantes a acomodações únicas oferecidas por anfitriões locais, a Airbnb recebeu um investimento de US$ 112 milhões do fundo de Private Equity Andreessen Horowitz.

Uber

O aplicativo de viagens de carro se tornou sinônimo de transporte moderno, mas também  recebeu investimentos significativos de diversos fundos de Private Equity, como o Saudi Arabia’s Public Investment Fund.

Spotify

imagem: fundos-de-private-equity-spotify

O Spotify, plataforma de streaming que revolucionou a forma como as pessoas consomem música, recebeu investimentos de vários fundos de Private Equity, incluindo o Founders Fund e o Technology Crossover Ventures.

Afinal, vale a pena investir em Fundos de Private Equity?

Como deu para perceber, os fundos de Private Equity podem ser um tanto quanto paradoxos. Afinal, esses são investimentos de alto risco, uma vez que são direcionados para empresas iniciantes no mercado. Ou seja, não é possível ter a certeza se ela vai se consolidar e garantir retornos.

Por outro lado, o PE pode trazer um retorno elevadíssimo. Primeiro porque o valor do aporte é menor quando comparado com o de negócios consolidados. Além disso, a empresa pode se transformar em um potente ativo e trazer retornos extraordinários.

Portanto, é necessário conhecer bem o mercado dos fundos de Private Equity para decidir se ele realmente se encaixa no seu perfil de investidor e nas suas expectativas.

Para isso, você pode contar com a ajuda da Portofino, que possui uma equipe especializada capaz de te ajudar nesse processo de descobertas e de investimentos assertivos!

Conte com a assessoria da Portofino para descobrir se os fundos de Private Equity são os mais indicados para o seu perfil de investidor!

Conclusão

Os fundos de Private Equity são uma modalidade de investimento alternativo que têm ganhado destaque e impulsionado o crescimento de empresas em todo o mundo.

Embora sejam considerados investimentos de alto risco, eles oferecem a oportunidade de obter retornos substanciais, pois tem um foco em empresas com alto potencial de crescimento.

Para investir em Private Equity, é importante entender as etapas do processo, como captação de recursos, seleção de empresas para investimento e desinvestimento.

Além disso, as estratégias de saída dos fundos de Private Equity são essenciais para maximizar os retornos dos investidores e se proteger contra prejuízos eventuais.

Ou seja, não se trata de um investimento para todo mundo. É fundamental ter um perfil de investidor adequado para esse tipo de investimento, com uma compreensão sólida do mercado financeiro e uma abordagem de longo prazo e com expectativas realistas.

Exemplos de empresas como Airbnb, Uber, Spotify, SpaceX, entre outras, ilustram como os fundos de Private Equity podem impulsionar o crescimento e o sucesso de negócios inovadores em diversos setores.

Contudo, a decisão de investir em fundos de Private Equity deve ser cuidadosamente avaliada, levando em consideração o perfil e os objetivos do investidor e com a assessoria de especialistas, como a Portofino Multi Family Office.