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Na mão inversa, uma gestora de patrimônio que tem a ambição de fazer aquisições no segmento é a Portofino Investimentos. Criada em 2012 pelos irmãos Carolina e Enzo Giovanella, a empresa nasceu da base do single-family office que cuidava do dinheiro da família. Agora, a ambição é fazer voos mais altos.

“Pensando na reforma da regulação pela CVM, têm gestoras de patrimônio que ficaram muito pequenas e começam a não se pagar, a conta não fecha por causa das exigência regulatórias, há oportunidades de consolidação”, diz Carolina.

A ideia é fomentar o modelo de comissionamento baseado no patrimônio administrado do cliente, em vez do transacional, em que os assessores são remunerados pelos produtos que vendem. É esse o desenho da maioria dos escritórios de gestão de fortunas e a intenção é levá-lo para bolsos menores. Ela também vê a tendência de os próprios assessores independentes buscarem essa forma de atuação.

“Lá atrás eu sentia as dores quando fazia os investimentos da minha família, porque nos bancos e corretoras eu via o modelo conflitado”, diz Carolina. “Por mais boa intenção que tenha o gerente do banco ou o agente autônomo da corretora, o foco é em produto e se perde no que o cliente precisa.”

Com expansão dos ativos sob gestão em 47% nos primeiros cinco meses do ano, a R$ 4,7 bilhões, ela calcula fechar 2020 com R$ 7 bilhões e dobrar de tamanho até o fim de 2021. Outro passo que pretende dar é preparar o negócio para fazer uma oferta pública de ações (IPO) em 2022, afirma Carolina.

“Considerando que a Portofino quer seguir fazendo consolidação e dado o ritmo de crescimento, estou muito otimista e no processo de escolher um banco para mandatar.”

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