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Esta é uma iniciativa Portofino Multi Family Office e EsferaBR com o propósito de fomentar o diálogo entre políticos e empresários brasileiros. Todas as opiniões aqui apresentadas são dos participantes do evento. O nosso posicionamento nesta iniciativa é o de ouvir todos os lados, neutro e não partidário.

Marcamos presença em mais um jantar da Esfera Brasil. Um projeto que apoiamos para promover o diálogo entre importantes personalidades de diferentes setores brasileiros, político, empresarial e econômico. Desta vez, com Luiz Inácio Lula da Silva, candidato à presidência.

Na noite de terça-feira (27.09.2022), nosso sócio Enzo Giovanella, participou de um jantar exclusivo, promovido pela Esfera Brasil, com importantes personalidades do empresariado brasileiro, além de Luiz Inácio Lula da Silva.

Com quase duas horas de atraso, Lula chegou acompanhado pela sua esposa Janja, Geraldo Alckmin, Aloizio Mercadante e Gleisi Hoffmann e cumprimentou todos os presentes antes de iniciar o encontro. Durante todo o evento, Lula passou um sentimento de estar muito confiante e ressaltou a todo momento que priorizará o diálogo. “Aprendi com Lula que Deus nos dá 2 ouvidos e 1 boca. Este governo é quem vai dialogar com todos, pois Lula sempre fez isso”, disse Mercadante, no evento.

Resumidamente listamos alguns dos principais assuntos e, caso queira mais informações, estaremos à disposição para conversar.

Aloizio Mercadante

Abrindo os discursos, Mercadante afirmou que “é um momento de oportunidade para o Brasil. O país precisa de um líder como Lula”. Ele também falou do lado econômico, levantando que o cenário externo preocupa, mas que o candidato sabe como usar o momento para fazer o Brasil voltar a ser protagonista no mundo. 

O ex-ministro também falou que o país precisa voltar a se “reindustrializar” e criticou o BNDES. “Sabemos que não existe crescimento do país sem investimento privado. O BNDES financiando a indústria a IPCA+5 inviabiliza os projetos”, disse. 

Por fim, Mercadante também comentou sobre política fiscal. Ele falou que não vê preocupação quanto a isso, pois, segundo ele, o governo Lula foi o que mais entregou superávit primário. Ele explicou que precisarão encontrar recursos para manter o auxílio emergencial, logo a pauta do teto dos gastos será muito discutida.

Geraldo Alckmin

Com tom de voz sereno e calmo, o vice-presidente de Lula falou sobre a reunião que tiveram com um grupo de ex-ministros – alguns da época do FHC – para discutir o futuro do governo e comentou a presença de Henrique Meirelles. “A união e a pluralidade são muito importantes neste momento de mundo desafiador”, citou o ex-governador de São Paulo, novamente reforçando a questão de dialogar com todos.

Além disso, Alckmin disse que governar é escolher e, neste sentido, escolherão um crescimento inclusivo e complementou dizendo que acredita em Lula, pois neste momento é preciso identidade com o povo. Sobre uma possível vitória no primeiro turno, Alckmin foi sucinto: “Se encerrar domingo, é melhor para o Brasil”.

Lula

Em um primeiro momento, o ex-presidente ressaltou que sempre dialogou com empresários, então pediu para inverter a dinâmica e escutar dos próprios quais eram as expectativas de seu mandato.

Abílio Diniz

Em pé, ao lado da mesa, Abílio Diniz tomou a palavra e se dirigiu à Lula, falando que esteve sempre ao lado dele e que ajudou a Dilma também. Ponderou, contudo, que está em outra fase da vida e repensando muitas coisas diante dos últimos acontecimentos, mas reforçou que quer ajudar o Brasil.

Dentre os seus pedidos, pediu que o sistema tributário que expeliu a indústria do país fosse revisto e que Lula fosse o Lula que governa para todos os brasileiros.

André Esteves

Na sequência, André Esteves, sócio e chairman do BTG Pactual, falou ao candidato sobre consertar aquilo que não está funcionando e manter os bons planos, independentemente de lado ou partido. 

“Lula, todos esperamos paz, alegria e leveza no seu governo”, foi o que disse Esteves. Encerrou sua fala ao dizer que espera que não andemos para o caminho da Argentina. 

Fábio Ermírio de Moraes (Conselheiro Votorantim)

O empresário apontou que é preciso organizar o sistema tributário, pois o que desindustrializou o país foi a complexidade do atual sistema.

Luis Henrique Guimarães (CEO Cosan)

O CEO da Cosan pediu menos interferência do Estado, para se preocupar com Saúde, Educação e Segurança, “que é aquilo que diz respeito ao Estado”, e deixar o povo trabalhar. Destacou também que o Brasil é abundante em recursos naturais e seguirá fazendo grande parte do PIB, mas espera que no governo dele haja estabilidade nas regras. 

Eduardo Saggioro (CEO LTS Investments)

Saggioro ressaltou sua preocupação com o Brasil seguir sendo a “Grande Fazenda” para o mundo. “Não podemos ser somente fonte de commodities”, finalizou. 

Lula retoma a palavra

Em seu discurso, o petista se dirigiu ao empresariado pedindo que eles, “os empresários de verdade, se envolvam mais com as entidades de classe”. Retomou a fala do diálogo, que conversar com todos é importante para manter o Estado estável e opinou que “o Brasil está corroído politicamente”. Além disso, para falar que não existe unanimidade em um governo, usou o exemplo do câmbio. “O exemplo do câmbio: o exportador quer o câmbio nas alturas, já o importador quer o câmbio o mais barato possível. Não existe unanimidade. Precisamos pensar em todas as pernas num governo”.

Falando mais sobre propostas, Lula relembrou que em 2007 tentou levar uma proposta de Reforma Tributária, que não foi para frente, mas que acha importante fazê-la. Outro ponto bastante polêmico que o ex-presidente abordou foi o teto de gastos. Ele disse que é contra, mas é a favor da responsabilidade fiscal. Para explicar sua opinião, usou os próprios empresários como exemplo, mencionando que grande parte deles toma dívida para expandir os negócios e que é assim que ele vai fazer com a educação. “Educação não é gasto, mas, sim, investimento. Não pode entrar como gasto”, comentou. A independência do Banco Central também foi discutida e Lula voltou à época em que governava para dizer que duvida que Henrique Meirelles tinha menos independência que Roberto Campos Neto tem hoje.

Lula passou por outros assuntos, como as eleições de 2018, das quais ele disse que o povo votou por medo, afirmou que é obrigação do empresário querer elevar o pobre a um nível civilizado, que os bancos públicos voltarão a funcionar e que não vai privatizar a Petrobras. 

Na parte final, comentou sobre os outros candidatos, disse que o know how e histórico dele e do Alckmin juntos são imensamente melhores que os da oposição. Ele mencionou que acabar com a fome e investir em educação serão os dois pilares de seu governo e encerrou: “O país pode ser construído por nós [ele junto aos empresários]. Vou recuperar a credibilidade no exterior. Vem com o Lulinha e o Geraldo paz e amor”.

Veja como esse encontro repercutiu na grande mídia:

Lula se reúne com elite do empresariado – Valor Econômico

Lula se reúne com grandes nomes do PIB em SP e fala em reformas – O Globo

Lula pede diálogo ‘sem hipocrisia’ ao PIB em encontro mais disputado que o de Bolsonaro – Folha de São Paulo

Lula faz promessas em noite com Abílio, André Esteves e outros empresários – Revista Oeste

Confira também como foi o encontro que estivemos presente com Jair Bolsonaro:

Almoço com Jair Bolsonaro e Paulo Guedes | Esfera Brasil

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